sexta-feira, março 10, 2006

Tristeza de Ayer

Tristeza de Ayer
Pobre inspiração!
Longe do meu coração
Jaz o sentimento
Ficou a ilusão
A olhar tanta injustiça
E, ao mesmo tempo
Pessoas com preguiça
Nada posso fazer
A fome rastejante
Vermes latentes
Sem ter o que comer
Pobre viúva, sofrida
Chora pelo caçula
Que acabaram de prender
Com seus peitos de fora
Corria a doce senhora
A busca de ajuda
O que eu posso fazer?
Coração partido
Ferido e vazio
Se pôs a ficar
Neste pobre e miserável matinar
Gente gritando
Povo protestando
Os tiros escapando
Muito malandro
Se pôs a correr
O que eu pude fazer?
Para o inocente
Depois de provar
Que não era vagabundo,
Que também não era bandido
Acalmar sua querida mãe
Liberá-lo novamente à mercê
Continuando com fome
Sem ter o que comer
O que meu pobre coração
Vai poder fazer!
^^Ludiro^^
10/03/2006

Um comentário:

Benvinda Palma disse...

Ludiro, amigo poeta!

Seu poema é real, verdadeiro e humano! Grande coração, sensível às injustiças do mundo! Parabéns!

Beijos carinhosos

Benvinda