quinta-feira, março 22, 2007

De Poeta para Poetas/escritores

Por Ademir Antonio Bacca
Bento Gonçalves-RS

caros amigos,

na condição de organizador do congresso brasileiro de poesia e também por ter sido editor do garatuja, recebo muitas cartas, desde bibliotecas em formação pedindo doação de livros, como de escolas me convidando para participar de atividades.
homem calejado já, seja pela idade ou pelos anos de jornalismo que acabam embrutecendo, recebi hoje uma carta que me emocionou e quero dividi-la com vocês:

jaboti, 15 de março de 2007

prezado escritor ademir,

meu nome é Edilaine Da Rosa Silva, tenho 11 anos e estudo no Colégio Julia Wanderley.
Adoro ler, porém na minha escola há poucos livros. Estou participando do projeto "Descubra um Escritor", da professora Marly.
Adoraria receber um livro seu, pois até agora, todos os escritores para quem escrevi, nenhum me mandou livros.
Quero te divulgar aqui na escola, mas para isso preciso de revistas, fotos, jornais, livros, etc.
Vou ficar aqui ansiosa para receber sua resposta.
Beijos, Edilaine

Numa época em que tanto se batalha pela formação de novos leitores, espero que vocês se sensibilizem e mandem seus livros para esta leitora em potencial
o endereço dela:

EDILAINE DA ROSA SILVA
Rua José Cândido Filho, 186
JABOTI - PR - CEP: 84930-000

Um grande abraço a todos

PS: Recebi este e-mail do amigo poeta/escritor Ademir Bacca, assim como outros amigos poetas também receberam, tomei a liberdade de publicar aqui no blog Luz Poética, pois tal e-mail muito mocionou-me e deu uma força maior de lutar pela literatura!!
Com esta situação, lenbrei de um artigo que escrevi ainda este ano e da contra-capa da Antologia "Poemas Dispersos" que escrevi no ano passado!
Que poder fazer algo, está ai uma dica para ajudar a aumentar o índice de leitores no Brasil que é de 1,2 livros lidos por Habitante/ano. Pesquisa feita com apoio da UNESCO!

- Artigo sobre a Literatura

- Contra-capa da Antologia Poemas Dispersos

sábado, março 17, 2007

Slides do XIV Congresso Brasileiro de Poesia - 2006 - Bento Gonçalves-RS


Arte e Imagens by Christina Magalhães Herrman.

Carregadores

Eis o resultado do concurso "Carregadores", foram belos trabalhos enviados por e-mail, foi difícil escolher dentre eles o melhor, precisei de uma ajuda técnica para termos uma solução, convidei uma equipe formada por seis julgadores, dentre eles um jornalista, dois mestres em português, um artista plástico, um escritor e finalmente eu! Por isso não consegui o resultado no prazo previsto! Grato aos amigos colaboradores da comitiva de avaliação, quais fizeram por amor e dedicação e sem interesses lucrativos, agradeço aos 57 amigos participantes com os seus belos trabalhos e a confiança depositada a este evento!!
Foi levado em caráter de avaliação a criatividade, a ligação perfeita com o tema e a foto, a escrita e principalmente a sensibilidade. Cada trabalho levou uma pontuação de cada membro da equipe avaliadora, a qual pontuou de 0,0 a 10, após feito isso houve a some e a média. Não houve caso de empate!
Apreciem os trabalhos vencedores de BiláBernardes e Cristiane de Ângelo!!

Carregadores

Quando era criança
me indignava
com fotos e fatos
de pessoas humildes
transportando liteiras
carregando a elite
pelos caminhos

Meu coração pequenino
questionava:
Como poderia existir,
trabalho tão vil?
pessoas obrigadas
transformadas em instrumento
sem vontade
desejos esquecidos
esquecerem que eram gente?

Volto hoje a ver as cenas
que a História me assombrara
Não são pessoas que carregam agora
É a dor do desemprego
É o peso da exclusão
É a opressão das cidades
É a limpeza do mundo
em suas mãos calejadas
em seus corpos cansados
esculpidos ainda meninos
carregando cargas
maiores que o peso esperado

Hoje não mais
escravos de senhores
ainda carregam a elite
são escravos de um sistema
que arrebata dignidade
e distribui
cada vez mais dores.
Será que percebem
que não é opção?
-- BiláBernardes


CARREGADORES.

Somos todos carregadores. Destinados a carregar conosco o DNA de nossas famílias e com sorte o nome também. Por outro lado a vida nos impões a captura de um emaranhado de experiências que acabam por construir o que somos, carregamos então o peso dos sonhos e das mazelas de nossas vivências.
A sociedade nos leva e nos impõe a medidas, preconceitos, estatísticas, leis degradantes, indução ao consumo... E para que não nos tornemos marginalizados por ela, acumulamos mais pesos, sem percebermos que estamos empurrando, arrastando, trocando de lugar a espera de um descanso, um alívio, uma saída... Nossos dias de violência são "peso pesado", somos violentados e nos violentamos.
Enfraquecemos as leis e queremos que elas nos protejam. Não respeitamos os limites da natureza e não queremos o ar poluído, o calor excessivo, as tsunamis, o efeito estufa... Esses são os pesos da ignorância e os carregamos sem nos darmos conta de nada. Há um paradoxo!
As guerras, a fome, as desigualdades sociais e o próximo não são pesos e constantemente insistimos em vê-los como tal, não nos importamos, não chamamos pra nós as responsabilidades, afinal está acontecendo com o vizinho ao lado e não conosco!
Talvez esteja aqui a solução, se cada um de nós nos desembaraçássemos de tudo que nos assedia e que nos leva a carregarmos coisas desnecessárias, seria possível um novo olhar.
Contribuiríamos para a melhoria mundial sem pensarmos que é obrigação ou culpa deste ou daquele! Assim não carregaríamos pesos, levaríamos fardos leves.
Seriamos carregadores apenas de amor e paz, pois é o que o mundo precisa... Chegaríamos mais rapidamente ao lugar do sonho. "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". Jesus Cristo.
*Referencias: CRISTO, Jesus. Evangelho de Mateus. Bíblia Sagrada, cap.11, vers. 28,29 e 30.
-- Critiane de Ângelo

domingo, março 11, 2007

Artigo sobre literatura na Literatura Clandestina

AS POESIAS INTERAGEM-SE...
Por Ludiro
Clique na imagem para ler na íntegra!

Bailarina das poesias

Bailarina das poesias


Suas sapatilhas,
com os dedinhos
Bem apertadinhos
Girando, girando...
Dedilhando--
Com as pontas dos pés
o tablado iluminado.
Com os braços sobre a cabeça.
Narizinho empinado,
o coque pra baixo e...
Feito ballet de boneca
sobre as nuvens,
rodopia e salta
suavemente
numa valsa...
Num Mozart!
Descrevendo no chão--
Os versos da sua alma!
-- Ludiro
10/03/2007

Imagem original tirada do site:

terça-feira, março 06, 2007

Entrevista da Literatura Clandestina ao poeta Ludiro.

O POETA L-U-D-I-R-O BUSCA UM VERBO IMORREDOURO PARA DEVOLVER AO MUNDO DOS VIVOS OS OSSOS DO PASSADO, DOTANDO-OS DE CARNE E VOZ
Por Elenilson Nascimento


Clique no Logotipo da Literatura Clandestina para ler na íntegra!

quinta-feira, março 01, 2007

Meretriz

Meretriz

Oh! Meretriz,
com essas suas mãos infelizes...
Não acariciaste porque quiseste!
Nem mesmo para ser feliz--
Neste mundo noturno
Onde vive o vagabundo,
tu, presente estás!
Meretriz,
donzela de mármore...
És bela por necessidade,
muitos corações, por ti, apaixonaram-se
nesta vida infeliz!
-- Ludiro
29/06/2006