sábado, abril 29, 2006

Alvorada

Alvorada

Galos cantantes
Primeiros raios solares
Dissipando a rala névoa
Existente na visão panorâmica
O ar fresco e puro
Num perfume matinal
Envolvido pelas flores orvalhadas
Ao cheiro de café colonial
Grama atapetada
Refletindo o sol
Nas gotas de orvalho
Resplandecendo com belo vigor
Parado com peito estufado
Um canário solta seu dobrado
Sobre a cerca de arame farpado
Com meus braços estendidos
Fecho os olhos e abro os ouvidos
A grama molhada refresca meus pés
Leve brisa acaricia meu rosto
O sol ilumina meu ser
Respiro fundo
Absorvendo toda esta energia
Num passe de magia
Com o corpo revigorado
Abro os olhos, abaixo os braços
E num sorriso
Enfrento o novo dia!
Ludiro
19/04/2006

Maturidade

Maturidade

Mãos Trêmulas
Cansadas
Com seu chapéu de palha
Sentado em sua cadeira
Olhando a estrada
Na varanda de sua estada
Lembrando tempos passados
Época das namoradas
Dias cheios de trabalho
Sem tempo para nada
Agora lhe resta
Sua amiga cadeira
O cachimbo de madeira
Com suas histórias
Bem-contadas
Ludiro
18/04/2006

Pequeno peão

Pequeno peão

E a poeira ia levantando
Aquele barulho se aproximando
Muito lindo de se ver
A boiada vindo em manada
Com seus chifres apontados ao céu
O peão com seu chapéu
Suave cavalgava
Montado em seu puro-sangue
E com seu berrante
Com garbo e elegante
Na postura de honrar a Deus
Tocava, seduzindo-me em sonhos de guri
E assim, nesta bela música
Levava onde queria os gigantescos animais
Saía correndo, pendurava-me na porteira
olhava atentamente cada toque, cada rês
Que passava rápido e bela
Em minha alegria ao meio à poeira
Que impregnava minha narina
Com o cheiro do campo e do gado
Então o som ia ficando distante...
A poeira abaixando
A visão torpe ofuscante dominando
De repente, encontrando a razão
Tudo acabou
E voltando em mim, estou aqui
Perdido no tempo, sonhando acordado
Vivenciando lembranças do passado
Ludiro
16/04/2006

Andarilho

Andarilho

Sou homem de pouco espaço
Tenho como companheira a vida
Abaixo do sol, chuva e tormentas
Sinto o chão umedecido em meus pés
E torrenciais sobre a cabeça
Carrego a graça em meu coração
A imagem de Nossa Senhora da Conceição
Nos braços a tralha dos pertences
Coisas meras, de pouca importância
Mas carrego junto a mim,
Pois são cacos de lembranças
Vagueando entre espaços
De tempos e distâncias
Uma viola de cordas e magias
Tocando e chamando a atenção
Para trovas de alegria
No calcanhar de minha vida
Rachado em agonia
Em poeiras levantadas!
Penetrando as sandálias
Perna esgueira, mas fortes sustentando este corpo
Pés carcomidos, andantes pelo mundo afora
De palavras e experiências
Já fiz mais do que imaginam
Na vida de andarilho esculachado
Atravessei o Brasil de lado a lado
Ludiro
14/04/2006

quarta-feira, abril 19, 2006

Ave de Rapina

Ave de Rapina

Abre bem tuas asas
Deixa o sol aquecê-las
Refletir seu brilho
Nas plumagens
Da beleza da couraça
Cada raio refletido
É sinal de amor
Submergido
Em teu corpo plúmeo
Ave preciosa
Deixa que o sol te alise
Te acaricie em sua magia
E renove tuas forças
Pássaro de garbo
Ave de Rapina
Alça teu vôo
Em alucinações
E alucina
Ludiro
14/04/2006

Poder das palavras

Poder das palavras

Palavras
São armas
Poderosas!
Quando usadas
Corretamente,
Encantam e
Brilham
Mas, quando usadas
Por pessoa ignóbil
No ideal de prejudicar,
transformam-se
em navalhas
Que cortam a carne profundamente!
Em espadas
Que perfuram!
E, assim, matam a alma
Lentamente,
Até o seu último
Gozo de vida.
Perecendo a alma vazia!
A mesma palavra, porém,
Possui o milagre
De restaurar
Os ferimentos
E, milagrosamente,
Ressuscitar
A alma daquele
Corpo vagante
Que perecia em si!
Ludiro
11/04/2006

Substância orgânica

Substância orgânica

Caminhando pelos vales
No solo fértil
Hidratado
Em poças de sangue
Rubro escarlate
De mortos militantes
Jovens sonhadores
Buscando conquistas
Lutando entre si
Como inimigos co-patriotas
Conquistando
O solo
Onde tombavam
Sem serem felizes
E ali
Abraçados em suas conquistas
Como uma substância orgânica
Adubando a terra
Pereceram
Aguardando
A sua descoberta.
Ludiro
10/04/2006

Mágoas

Mágoas

As palavras
Dilaceram
Os ouvidos
E todo o ser
Coração
Exprime-se
Comprime-se
Como se quisesse vomitar
Peito ofegante
O ar
Não era o bastante
Vontade louca de chorar
Sem música
Sem lua
Sem olhar
No âmago
Nas entranhas
Uma mudez
Louca para gritar
Desabar
Lágrimas
Forçam as pupilas
Nada de brotar
Uma sequer
Para lavar
Os olhos
O rosto
A alma
Renovar o espírito
Acalmar o coração
Apagar o desespero
Acordar do pesadelo
Da angústia
A esfolar-me,
Maltratando-me
Deixando-me martirizado
Com feridas abertas ao ar.
Ludiro
10/04/2006

Tempos de guri

Tempos de guri

Nos tempos de criança
Tinha a vovó e vovô
A bela esperança
O sonho de guri
De crescer
Apenas ser feliz
Doida realidade
Deixa-se
De ser criança
Enche-se de responsabilidade
Acaba ficando de lado
A doce felicidade
Ludiro
10/04/2006

quinta-feira, abril 13, 2006

Páscoa

Páscoa

Associada
A ovos e coelhos
Numa simbologia
Que muitas vezes
Nos faz esquecer
O seu real sentido:
Entrega
De corpo e alma, sacrifício perfeito
De Deus em homem.
Para cada um de nós
A partilha do amor
Compartilhando
Seu sagrado corpo e sangue
Num sofrimento
Além das forças humanas
Sua paixão imensa
Pela criação
A tal ponto
De carregar o peso
Dos pecados da humanidade.
Para cada um
Fica a sua provação
A divindade
A ressurreição.
Temos nós,
Como pequeno dever,
Compartilhar
O nosso amor
A cada um
De nossos irmãos em Cristo
Não só para viver uma Páscoa
Porém, para edificar
Um mundo
De paz e em paz
Para uma vida em Páscoa
E assim a
PAZ ECOA
Ludiro
13/04/2006

quarta-feira, abril 12, 2006

Luz Poética en español

Luz Poética

En la más obscuras de las noches
Una luz en la negrura
En lo medio de la mata
Zig-zag iluminando el camino
Rumbo al negro crepúsculo
Baila luz como una danzarina
Que en sus primeros pasos
Tende a encantar
Y despues apasiona a todos
Que estan a contemplar
La luz verde hipnotizadora
En una noche sin lunar
Parecia una bailadora
Linda, ligero a bailar
Hada de las flores nocturnas
Iluminada por su magia
Hez de la noche muerta y vacia
Una felicidad con su guiñar
Era una simple luciérnaga
Con su luz poética
Libre a volar
Ludiro
26/02/2006

terça-feira, abril 11, 2006

Meu poço

Meu poço

Olho meu rosto
No fundo do poço
Uma lágrima
Derramada cai
A imagem
Se desfaz
Quem é aquele?
Não sou eu mais!
Ludiro
06/04/2006

Lição com as folhas do caderno

Lição com as folhas de caderno

Aprendo
Nas folhas brancas
Em branco puro
Uma brancura só
Aprendendo
Com suas linhas retas
Retilíneas
Uma retidão só
Aprendo
Com o seu formato
Quadrangular
Igualzinho a um quadro
Antes de pintar
Quatro cantos
Quatro ângulos
E também
Sua leveza
Sua flexibilidade
A profunda beleza
Em tantos detalhes
Mas isso só
Não me basta
Não satisfaz
Tenho que
RISCÁ-LAS
Ludiro
06/04/2006

Entre tantos

Entre tantos

Deixe-me cantar
Correr e gritar
Aos quatro cantos do mundo
Deixe-me quebrar
O silêncio da noite
Igual a um pássaro noturno
Sou apenas mais um
No meio da multidão
Neste mundo cão
Trabalhador
De mãos calejadas
De tanto pegar na enxada
Cortar cana
Quebrar pedra!
Por ser pobre honesto
Tem muita gente por aí
Falando que não presto
Mas não faço protesto!
Já tombei!
Também votei!
E aí?
O que ganhei?
Continuo do mesmo jeito
E sempre continuarei!
Mas quero ter
Essa liberdade
Mesmo no avançar da minha idade
Não consigo pular
Deixe-me tentar
Vou cair
Mas vou suportar!
Suportei
As dores da vida
Pai e mãe
De partida
O preconceito da cor
O ciúme do amor
A dor
O rancor
De não saber ler
Nem escrever
E muitos riam
Por falar errado
Chacota
Se cair estou acostumado
Sou apenas
mais um pobre coitado
Que sonha
Até o último dia
Desta vida
Que me resta
Sem esperança
Acredito
Espero e
Morro feliz!
Ludiro
07/04/2006

Amar tanto amar

Amar tanto amar

Eu te amo
Simplesmente porque te amo
Se te amar fosse morrer
Estaria condenado à morte
E a morte
Levar-me-ia
Assim
Feliz
Pois morreria amando-te
Mas se te amar é doença
Sou um incontrolável hipocondríaco
E não quero ter cura
Desta doença maluca:
A doença de te amar
Mas se para viver
Sem ter o teu amor
Uma imensidão caísse sobre mim
Me restaria apenas
A morte infeliz
E para mim
Morrer sem lutar
E assim findar
Com uma simples frase
Aqui jaz
Aquele que morreu
Por amor a você!
Ludiro
07/04/2006

sexta-feira, abril 07, 2006

Descrever escrevendo

Descrever escrevendo

Não sei como dizer
Vou escrever
Na folha em branco
Na parede
Bem no canto
Em traços leves
Soltos e belos
Descrevendo
Vou aonde puder
Escrevo
O que vejo
Nos olhos
Do pensamento
Escrevo com sentimentos
O que o coração manda
Neste exato momento
E em todos vindouros
Riscarei, sujarei
Emaranhados de rabiscos
Com caneta
Lápis
Pincel
Com saliva
Se não puder
Com o sangue
Se precisar
Mas vou expressar
Do jeito conveniente
Convincente
Com amor
Ou a força
E bravura
Das palavras
Pulsando em minha veia
Elas que incendeiam
O calor desta emoção
Descrevo escrevendo
Nas linhas dos sentimentos
No branco da minha memória
Na falha da história
No ritmo de um pulsar
Até que pare
Este movimente
Soletrante do coração
No findar das forças das minhas mãos
Onde meus passos encadeirar
Nem sequer puder falar
Nem gesticular
E assim
Que não puder mais escrever
Levarei o que sobrar
Comigo
Alegrarei os anjos com elas
Ludiro
05/04/2006

Palavras

Palavras

Emanem
Nasçam
Alegres e soltas
Desprendam-se de mim
Saiam por aí
Vão
E alegrem
Todos que adiante
Aparecer
E não deixe
Nunca perecer
O entusiasmo
Que vocês
Pequenas
Dóceis
Palavras
De amor
Nos pobres
Corações
Desfalecidos
Produzir
Mas encham
Inchem
Estourem
Com todo amor
Que transportam
Em suas essências
Emancipadas
Do meu ser
Minhas queridas
Vão
Exterminem
O mal
O ódio
Espantem
E façam brotar
Amor
Lágrimas
E Deus
Em cada ser
Que
Olhando para vocês
Comecem a ler!
Ludiro
05/04/2006

Não perecível

Não perecível

Nada corrói
Nem mesmo sequer
Destrói
Abençoada
Não ultrajada
No amor
Sem par
Sem medo
No dia-a-dia
Companheira
Da distância
Saudades
No coração
Uma verdadeira amizade
Pura
Singela
Não perecível
Ludiro
05/04/2006

Homem e Natureza

Homem e Natureza
Vida doce
Campos belos
Belas flores
De marmelo
No aroma desta manhã
As flores de maçã
As abelhas zumbisando
Em cada flor
Trabalhando
Colhendo o pólen
Fabricando seu mel
E no alto as andorinhas
Tão lindas
Pairando neste céu
As árvores
Formando perfeitos pomares
Em volta delas
Pequenas casas
Lindos lares
Crianças brincando
No imenso campo
Entre tantas flores
Sonhando no futuro
A conquista de tantos amores
Fico à observar
Esta divina relação
Amizade homem e natureza
Homem criação
Ludiro
05/04/2006

Dama da noite

Dama da noite
A beleza
Numa luz
Vem nas noites
E seduz
Em reflexos
Noturnos
Das vidraças
Nas ondas
E para-brisas
Nossas visões
Ela conduz
Esta lua
Quando cheia
Nos mata,
Embriaga
Incendeia
Na beira da praia
Sentado na areia
Sentindo o calor
De uma bela fogueira
Regado
Com amor
Na pele que tateia
Sentindo imensa alegria
Nessa luz que muito clareia
Ludiro
02/04/2006

Caliente

Caliente

Suavidade
da pele quente
em deslizes
aconchego do corpo,
carícias envolventes
cheiro o teu pescoço
gostosa sensação
aroma da paixão
toques frenéticos
em várias posições
gemidos agudos
como uma doce melodia,
à vontade, rendida
ao louco desejo
calor que evapora
Suor, cheiro e gosto
de uma sensual
entrega de corpos
Ver-te nua
à mercê de
todas as fantasias
Jorra o deleite
com energia,
viscoso sabor
do corpo em chamas
ao orgasmo final
Ludiro
18/03/2006

Angústia

Angústia

Dor sentimental
Não leve a mal
Este dia não foi legal
Além do mais
Vou deixar isso para trás
Para mim tanto faz
Vou embora daqui
Não volto mais!
Ludiro
30/03/2006

quarta-feira, abril 05, 2006

Lapidando as palavras

Lapidando as palavras

As palavras
Quando bem organizadas
São incríveis
Têm um poder
Tão grande
Sobre as pessoas
Algo sobrenatural
Fazem sorrir
Dar gargalhadas
Salutar
Chorar
Transportam vários sentimentos
Em si
E transmitem
A sua essência ao leitor
Numa forma
Encantada, pura magia
São as palavras na forma bruta
Dentro da literatura em geral
Lapidando-se aos olhos
De milhares de leitores
Tornando-se a mais nobre
E preciosa fantasia
Ludiro
04/03/2006

domingo, abril 02, 2006

Minha Pátria

Minha Pátria

Neste solo
No qual pisei
Muita coisa vi
Tantos fatos presenciei
E de mim
Muito dei
Minha paz
Meu amor
Minha dedicação
Em grande empenho
Deixei
O meu suor
Que lavou esta terra
Minhas lágrimas
Que regaram novas plantas
Minha tristeza
De tudo que meus olhos contemplaram!
Mas meu sangue
A minha vida
Jamais dediquei
Esta pertence
À minha amada Pátria
A qual nunca
Deixarei
Ludiro
01/04/2006

Estrela Cadente

Estrela cadente

Riscaste
O céu contente
No momento
Espontâneo
E, de repente
Colocaste
Nos meus olhos
O brilhar
De tua calda triunfante
Nesta diminuta trajetória
Ao final do teu traslado
Te lançaste sobre o mar.

Vai estrela cadente
Neste céu de tantas estrelas
De noites belas repetidas
Há milhares de anos
Trilhões de milhas
Tu, em frações de segundo
Encantaste com o teu único piscar
Eternizaste em meu coração
A tua linda imagem
Uma estrela que não mais voltará

Foste com tanta beleza
Uma ligeira delicadeza
Em teu enorme glamour
Morreste jovem e linda
Por que te lançaram
Sobre o Mar
Cheia de amor e paz

Esta estrela cadente
Caiu conseqüente
Porque era a mais bela
De todas as estrelas existentes
Lançada esta foi
Por ciúme demente
Daquelas que invejavam
Sua magia reluzente

Querida estrela cadente
O que tu não recebeste no céu
Trouxeste para essa gente
Com tua bagagem cheia
E teu sorriso de criança
Espalhaste sobre esta terra
Paz, amor e esperança!
Ludiro
01/04/2006

Vampiros

Vampiros

Deixei
Suor,
Lágrimas
E sangue
Nos importunos
Momentos
Fugazes
Da relação
Homem
Verso
Insetos
Sugadores
Da seiva
Humanitária
Ludiro
31/03/2006

Insano momento

Insano momento

Calor insuportável
Corroendo meus ânimos
Mosquitos esvoaçando
Sugando meu sangue
Atormentando minha paciência
Quebrando meu silêncio
Com seus zunidos
Nos ouvidos
Destruindo Minhas expectativas
De raciocínio
Momento insuportável
Da espera
No silêncio
Atordoado
Pelas sinfonias
Indesejadas
Desafinadas
Enlouquecedoras
Dos pernilongos
À solta
Em busca
Do alimento
Humano
Ludiro
31/03/2006

Inconsciência

Inconsciência

Navego
Sonhando a vida
Nos pensamentos
Desconhecidos
À procura
De novos saberes
Surfando
Nas ondas
Do meu inconsciente
Procurando algo decente
Em cada canto do consciente
Chegando a uma poesia
Que consente
Felizmente Novamente!
Ludiro
30/03/2006

Vento

Vento

Leve e suave
Batendo no rosto
Refrescando o corpo
Aliviando a carne
Esvoaçando os cabelos
Escondendo o olhar
Da amável jovem
Delicada a caminhar

Brisa enrustida
Mais forte de repente
Pegando desprevenida
A jovem assustando
Levantado o seu vestido
Mostrando a todos
O que estava escondido
Arrancando do seu rosto
Um belo sorriso

Vento amigo
Refrescou-me a carne
Aliviou-me a tarde
Trouxe-me alegria
Até onde não precisava
Levantando o vestido
Da bela que passava
Ludiro
29/03/2006

Louca apaixonada

Louca apaixonada

O Louco
Falou para o doido
Que a maluca
Está atrás de um pirado
Para enfim casar-se
Eu, desmiolado
Apareci no lugar errado
E com ela fui me esbarrar
Agora já é tarde
Não tem como escapar
Maluca e desmiolado
Formaram um belo par!
Ludiro
27/03/2006

Cachoeira

Cachoeira

Caindo
Em véu
E grinalda
Mostrando a calda
Num suave deslizar
Na queda
Sua música
A musa
Nos passos
Prossegue
Sabendo aonde chegar
Noiva formosa e glamourosa
Em suas curvas deliciosas
Caminhando ao encontro
Do seu belo noivo mar
Aonde em uma cerimônia
Irão se casar!
Ludiro
27/03/2006

Coração sob pedras

Coração sob pedra
Sofre a coitada
E sente muita dor
Deixou-a machucada
Aquele que não cuidou
Por sentir tanto amor
A ferida esta aberta
Nunca mais cicatrizou
Mesmo estando sob pedra
A espera
Se esmera
Na bondade
Indo à busca
Da felicidade
Uma nova oportunidade
Um novo amor!
Ludiro
26/03/2006