domingo, janeiro 28, 2007

Loucura

Loucura
.
Eu sou uma metáfora!
Sou água e sou terra.
Sou vida liberta!
Sou o que sou...
E o que quero ser
Porque eu posso.
Minha fantasia sou eu,
e visto-a e vivo a vida
como se normal fosse,
mas de louco entendo bem
e habitualmente coloco
a fantasia dos homens normais.
Aquela que a vida levou-me a trajar,
esta veste do povo em massa
e está dito entre nós.
Homem de espírito aventureiro
caminhamos, eu, a vida
e o hábito que carrego junto à multidão
fazendo do riso o remédio,
loquacidade plantada no recôntido da alma,
necessito da loucura para estar sóbrio
e contemplo no semelhante, o homem,
um animal em transição
e não posso disfarçar a compaixão
da pretensão do carrasco,
quando num timbre de voz
Ecoa um gesto mudo.
Ludiro e Magaly

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Sal

Sal

Largo agora
os meus braços cansados!
Fecho meus olhos úmidos,
Lacrimejados...
De nada valem as palavras,
inverteu-se o verso.
O suco da minha dor!
Largo em cima do papel
o meu coração estampado...
sangrado em fios
de arame farpado,
quebrado o cristal
o lilás se fechou
na saudade esquecida.
Deixe-me quietinho
voltarei a sorrir.
Somente agora
neste efêmero momento.
Triste...meus versos
estão todos molhados
com perfume de jasmim
que meus olhos derramaram.
-- Ludiro e Cláudia Gonçalves

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Pretexto amoroso

Pretexto amoroso

Navegue em meus textos,
sinta o adocicante versejo!
Meu corpo é o pretexto,
seu toque, meu desejo!

Molesta minha carne e...
deguste da minha boca.
abrace-me forte e...
solte-se feito louca!

Meus anseios não são piores,
nem tão pouco menores!
Nus em melodia...
uma dança, uma euforia

O amor sobre a cabeça,
a fantasia se faz alegria!
jogada no papel...
a cama dos meus versos!!
Ludiro
19/01/2007

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Calafrios

Calafrios

A alma sustenta
o que o corpo não agüenta
Corre nas veias
O calafrio
O sangue contaminado que jorra
das injúrias em tormentas
Arrastando o corpo pelas ruas
Vendo a lama
A podridão
A sujeira
Escancaradas e nuas.
Para que as vestes?
Quando os olhos perceptivos
contemplam a falsa verdade
Retiro minhas vestes
Pêlos e peles
Para mostrar
Que a realidade é igual à de todos
Um monte de carne fétida!
Ludiro / Benvinda Palma
17/01/2007

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Absinto

Absinto

Bebo do teu nectar,
entrego-me em teus lábios!
Morro neste (Ab)sinto
que degusto em tua boca
e entrego minha alma,
te envolvo na melodia
dos meus braços.
Entrega-me e
Alivia minha dor
no deleite deste amor
e derruba-me
no gole mortal
deste (ab)sinto.
Que mal sinto
em meu corpo ardente
o labirinto de teu corpo.
Estou vivo e...
estou morto!
Mas sinto o teu (ab)sinto
em minha gartanta,
Queima a carne
levemente em teu olhar
profundo e profano.
Deixo absorver
a dor saborosa
deste alívio
partir--
pra dentro de ti
e te Sinto
num gole de (ab)sinto
de tua saliva--
que nos integra num único ser!
Ludiro
10/01/2007

PS: Foto estraida do site http://www.absinthe.com.br

terça-feira, janeiro 09, 2007

Um trago

Um trago

Um trago

Trago-te em meus braços,
dou um trago doce
nos teus lábios carnais,
te levanto em suspiros,
estrago o abrigo
que cobre seu ser
e...
toco teu umbigo.
Um arrepio,
vários gemidos,
te deixo (nua) vazia
e trago--
o mais doce trago--
num gosto de mel.
Nos teus lábios
encontro o meu céu,
e te trago junto a mim!
Ludiro
09/01/2007

Antenas

Antenas

Há tantas antenas
Neste mundo antenado
Transmitem audio
imagens, vídeos
e muitos dados.
São milhares de bits
Em frações de segundos!
meu amor--
Fica em mim!
Ludiro
10/12/2006