segunda-feira, março 27, 2006

Felicidade

Felicidade

Coração desperto
Não me deixa quieto
Nem mesmo descansar
Vaga na lembrança
Do tempo de criança
Em que ficava a brincar
Sem ter nada com que me preocupar

Bate coração
O tempo está passando
Peito apertando
Sem ter lágrimas para chorar
Me ensina a ser feliz
Do jeito que sempre quis
Um sonho a se realizar
Uma grotesca pedra em meu olhar
Impossibilita-me de enxergar

A felicidade está ao lado
Com força, é pegar e agarrar
Ficar abraçado
Caminhando enlaçado
Com os olhos vendados
A felicidade a me guiar
Ludiro
27/03/2006

domingo, março 26, 2006

Desagarrados

Desagarrados
Mal alimentados
*"Peti gangú"
Desagarrados
Sofrendo estas crianças
Crescendo revoltados
Que futuro!
Será vadio?
Vagabundo?
Os pequenos desitratados
Barrigas distendidas
Buchos vazios
Em suas cabeças
O ideal
Uma vã conquista!
Nas costas
Seus fuzis
E cicatrizes
Na Cintura, facas
E revólveres
Os pobres
**Pequenos "bandì"
Famintos do Haiti!
Ludiro
25/03/2006
* "Peti gangú": pequeno faminto, pequeno com fome (em creole)
** "Bandì": bandido (em creole)

Um ser Laguna

Um ser Laguna
Banhada por praias e mares
Com lindas famílias
E belos lares
Suas histórias
Comovidas por Anita
Uma guerreira Garibaldi!
Tratado de Tordesilhas
Guerra de Farroupilhas
És fonte de água pura
Teus lindos dias
Com vidas seguras
Turística e belas imagens
Um hino de amor
Uma canção de loucura
Suas igrejas de fieis
Pescadores
Nossa senhora dos Navegantes
Santo Antonio
Não és lugar anônimo!
Em Laguna não há temores
Sim Tremores
De folia em forte carnaval
Ainda levas
Meus sonhos de guri
Por onde brincava
Alegre a sorrir
Tu brilhas em meu sonho
Me acompanha
Em meu coração
A saudade de ti
Me causa emoção
Será que um dia volto?
Pra morar nesse lugar
Abençoado
De mar e céu aberto!
Pois sei que tu tens
*A glória de braços estendidos
Veleiros a navegar
Seus pescadores
Lançam as redes ao mar
Com seus belos botos
Em apoio a pescar
De séculos em lindas proezas
Conquistas a quem te conhece
Eu morei em ti
Mas agora tu moras em mim!
Ludiro
25/03/2006
*Glória de braços estendidos: Imágem de N. S. da Glória no Ponto culminante da cidade Laguna.

Reflexos

Reflexos
Vidros
Espalhados pelo chão
Refletindo
Os cacos de vidas
De uma nação
Vendo
Em pequenos reflexos
Uma ilusão
A decepção
Um povo infeliz
Miserável
Caos
Sol na pele escura
Queimada
Mãos marcadas
Em chagas
Descalços
Desnutridos
Em longas caminhadas
Buscando água
Em grandes latas
Carregadas
Sobre suas cabeças
Uma ingratidão
Em pequenos cacos de vidros
A minha visão!
Ludiro
25/03/2006

Fantasias

Fantasias

Se não fossem
Nossas fantasias!
O carnaval
Por certo não haveria
Onde estariam
As alegorias?
Uma linda visão
De nossas fantasias.
Nem bailes
Muito menos Halloween
Isso jamais existiria!
Nossa juventude
Faleceria
Monotonia
Cega e parada
Infância
Uma mera passagem
Efêmera e fugaz
Sem brinquedo
Sem alegria
E o findar de nossos dias
Lá na perfeita maturidade
Morreríamos
É certo!
Mas de infelicidades!
Ludiro
23/03/2006

quarta-feira, março 22, 2006

Amante Morte

Amante Morte

Amar a morte
Presença forte
Do momento
Em que se nasce
A cada instante
Se morre!
Fiel passiva morte
Acompanhando-nos
Não é falta de sorte
Amiga que impulsiona
À vida longa
Temê-la!
Para quê?
Não é o desejo dela
À vida!
Pois que eu tenha amor
Assim ela valor dará
Caminhando a meu lado
Sempre estará
Onde quer que eu vá
Nesta vida alegre
E quando chegar o findar
Dos dias que me restam
Desta linda vida
Vida bem vivida
Companhia ela me fará!
*
Amante morte
Me dê uma boa hora
E neste momento
Abrace-me forte!
Não te negarei o beijo
Beijo doce e valente
No romântico
Frio conseqüente!
Te acompanharei!
E muito contente
De mãos dadas
Galgando os vales das sombras
Atravessando o teu mar
Gelado e vazio
Na luz de sua lamparina
Sob sua proteção
Linda morte menina
Guia-me até o além
Ao meu destino certo
E quando estiver perto
Com lágrimas e sorriso
Em breves despedidas
Antes de chegar ao paraíso
Deixando-me na porta
Entregue aos anjos
E num gesto infeliz
De um amor rompido
Pois também foste vítima
Do belo Cupido
E me deixarás!
Retornando
Com o seu lindo vestido branco
Dentro do seu barco
Chorando em prantos!
Ludiro
21/03/2006

Na teia

Na teia

Pobre mosca
Que em seu belo vôo
Suave e contente
Deparou-se com a rede
O espaço da pequena aranha
Que tomada e envolvida
Com o profundo e soberano olhar
Da pequena aracnídea
Que a hipnotizou
Em um lindo envolvente abraço
Nos perfeitos laços
A nobre tomou em seus braços
Conquistada em amores letais
Não quis sair mais
Com um doce e saboroso beijo
Da aranha
A pobre e coitada mosca tomou
Seduzida, abduzida e sugada.
Nem sentiu dor
Ficaram apenas os restos mortais
Aquela que morreu por amor
Ludiro
20/03/2006

Lavar roupas

Lavar roupas
Lavar a boca
Lavar o corpo
Lavar a roupa
Lava a alma!
Com muita calma!
Resplandece em luz!
Lavar a roupa
Que não é pouca
Deixa-me com a mente
Por demais louca
Com poesias doidas
Prontas para saírem
Prontas e livres
Para se despirem
E lavar suas roupas
Em melodias ternas
Não sendo guardadas
Depois de lavadas
Passadas e dobradas
Dentro de um velho roupeiro
Com cheiro de mofo
Amareladas pelo tempo
Por não usá-las
Esquecidas ao léu
Este louco menestrel
Vai destacá-las em um quadro
Por baixo de um vidro
Vai deixá-las reunidas
Espalhadas
Todas as suas loucas
Dentro de um belo livro
Ludiro
20/03/2006

terça-feira, março 21, 2006

Bons Amigos

Photo by Ludiro

Bons Amigos

Os bons amigos
São divinos
vêm para tornar nossas vidas melhores
Nos encantando, rejuvenescendo,
Inspirando em melodia
Presença pura do amor
Em ternas poesias
Ludiro
20/03/2006

domingo, março 19, 2006

Se não fosse a poesia!

Se não fosse a poesia!
Se não fosse a graça da poesia,
O que seria?
Ninguém se conheceria,
Nem divindades
Nem súditos
Nem a realeza
Que tristeza!
Mas ela,
Que coloca em harmonia
Tudo ao seu redor
Não persiste
Nem insiste
Apenas existe!
Ludiro
19/03/2006

Poesia publicada na Blocos Online, portal da literatura e cultura

Dois corações

(Photo by Ludiro)
Dois corações

Largados ao tempo
Sem sentimento
Ao léu à luz do céu
Jogados
Sem dó nem piedade
Sofrimento amargurado
Descascado
Amassado
Deixados de lado
Em pleno calor do sol
Coitados Abandonados
Porém!
Têm ao outro
Finalizando
A triste solidão
Ludiro
18/03/2006

Folhas Secas

Folhas secas

Abandonadas ao solo
largadas
Pelo vento levadas
De um lado para outro
Violentadas
Pela chuva da madrugada
Desprezadas pelo tempo
Pisoteadas pelos animais
Que passam em manadas
Estas
Alimentam a terra!
Ludiro
18/03/2006

sábado, março 18, 2006

Amar

Amar

Certa vez
me falaram
que amar era tudo,
mas, hoje percebo
que amar
é o começo de tudo,
só fazemos algo
depois de começar a amar,
porém, o fim
depende do começo,
começamos amando
e o amor permanece
e o final
vem feliz!
Ludiro
18/03/2006

Pensamentos Ludirianos

A amizade é um dom não domável, uma conquista sem luta, o amor bem amado sem desejo nocivo, apenas amigos!
-- ^^Ludiro^^

As palavras são os anjos em nossas línguas e nas escritas, aliviam dores, alicerçam amores, e enfim, nos empurram a viver!
-- ^^Ludiro^^
*
O início da loucura é o findar do raciocínio! -- ^^Ludiro^^
*
Nenhum homem é tão completo que não tenha uma meta, algo a desejar. Até mesmo aqueles que não acreditam mais na vida, mesmo assim, desejam algo... o amor é que infunde a qualidade deste desejo!
-- ^^Ludiro^^
*
A poesia não morre, vive para eternizar o Poeta! -- ^^Ludiro^^
*
A paz, elemento que todos buscam, fazem guerras por ela! -- ^^Ludiro^^
*
A poesia é vida e morte, luz e escuridão, a poesia é caminho, e só depende de quem se conduz por ela! Ela encanta, alegra, inspira e enche de amor, protesta, reclama tudo a seu favor! Mas derruba quem vai contra! - ^^Ludiro^^
*
A poesia é um elemento muito presente em nossas vidas, mesmo aos mais leigos, os que não conhecem a poesia, ela está lá presente, mesmo que seja para inspirar o poeta! -- ^^Ludiro^^
*
Mario Quintana disse "a poesia é um passarinho, vem e pousa em nossas mãos e bate asas e vai embora!" Elaborei uma arapuca para elas!! Ando com um caderno e um lápiz no bolso, quando elas pousam eu lanço o caderno em cima delas e capturo uma por uma!! -- ^^Ludiro^^

sexta-feira, março 17, 2006

Criação

Criação
Pra que tanta solidão
Se você tem vida
Tem Deus no coração
Ele que te deu o viver
E você é a criação
Ludiro
15/03/2006

Cinco

Cinco
Cinco dedos minha mão
Cinco pontas o meu pé
Cinco dias que tem feira
Vai ao sábado só quem quer
Cinco notas no meu bolso
Nota cinco no esboço
Coço cinco vezes o pescoço
Pensando no que escrever
Escrevendo cinco desses
E no cinco parei de escrever
Já cansei com tanto cinco
Cinco horas sem comer
Pra parar com esse cinco
Vou dormir que estou cansado
Cinco horas da manhã
Vou deixar isso de lado!
Ludiro
15/03/2006

Eu

Eu
Meu pensamento
Me aprova
Na prova
Que estou vivo
Vivo vivendo
Vendo o quê?
Mas ninguém vê!
O meu infinito
Infinito mundo
Onde posso tudo
Na frente do mundo
Ninguém nunca vai saber
Mostro para quem eu quero
Quem não quero
Não tem lero
O meu espaço
Espaço escuro
Para aquele que quer ver
Uma luz forte no fundo
Essa luz não vem do mundo
E é só eu quem posso ver
O meu consciente
O meu verdadeiro ser
Ludiro
15/03/2006

Sonho

Sonho
Canto
no canto
em meu encanto
do encantado
canto
do meu inconsciente
Ludiro
15/03/2006

Somos estrangeiros

Somos Estrangeiros
Todos exaltados
Bandidos safados
Com armas enferrujadas
Atirando pra todos os lados
Gente correndo
Um pastor reclamando
Num Espanhol-francês misturado
"La iglisi peligroso pour orar"
Olha a que ponto foi chegar!
O inferno começando
Todos às pressas
Já se preparando
No bolso o terço
Na cabeça o pensamento
Joelho esfolado
De tanto ajoelhar
Buscando sobrevivência
Não desejando a falência
De quem queremos capturar
Faroeste adaptado
Nos lixos, nos buracos
Em cenário de papelão
Os barracos de tantos irmãos
Pobres coitados,
Estão desesperados
Esperando a salvação
Soldados brasileiros
Aplaudidos como estrangeiros
Os bravos guerreiros
Vindos de outra nação
Ludiro
15/03/2006

Sedutor

Sedutor
Olhos penetrantes
Do sagaz sedutor
Fazendo à bela
Lindos pensamentos
Do delírio ao prazer
Aos seus braços entregar-se
Em uma hipnose inevitável
Em beijos e abraços
Um casal fazendo amor
De olhos cruzados
Dentes travados
Pensamentos vagos
Paralisada
Na fantasia
Em pensamentos gemia
A donzela
Que do outro lado
Da rua estava
Não mais queria
Parar de olhar
O sedutor
Que não conhecia
Ludiro
16/03/2006

Senhora

Senhora

A doce senhora
Do vestido azul
Chinelo cor de rosa
No rosto um sorriso
Com jeito encantador
Com poucas palavras
"Bon soir" já conquistou
Uma simples amizade
Daquele que a cercou
Lenço na mão
Na pele a cor
Simpatia e muito amor
A doce senhora
Precisava de ajuda
Mas, um homem, ela ajudou
Vida de flores
Quantos amores conquistou
Com muita doçura
Com muita prosa
A doce senhora
Do vestido azul
Chinelo cor de rosa!
Ludiro
14/03/2006

terça-feira, março 14, 2006

Viajem das Andorinhas

Viagem das andorinhas

Elas vão
Sempre alegres
Sem solidão
Verdadeiras amigas
Juntas em bandão
Exemplo de união
Nos vôos levam
A mensagem do amor
Mensagens de perdão
Aves aladas
Magia nas asas
Deixando apaixonadas
Nossas tardes de verão
Ludiro
11/03/2006

Anjo do Haiti

Anjo do Haiti

Tanta tristeza em um olhar,
Pequena carente querendo amar.
Neste deserto de puro rancor,
Lugar que nasce pedra ao invés de flor.
Grande tristeza no pequeno olhar,
Desta menina com tanto pra sonhar...
Um lugar que clama por socorro,
Deus está de olho com o seu arcanjo,
Enviou pra este lugar...
Um pequeno e belo anjo,
Com um coração repleto de amor.
Seu o nome Madali!
Este anjo que comtempla tanta dor.
Pequenina e linda criança,
Este anjo do Haiti!
É futuro e esperança,
De todos os sofridos que vivem aqui!
Ludiro
11/03/2006

Você é um Sonho

Você é um Sonho
Momento insano e febril
Corpo quente, no cio
Sonhando loucuras de amor
Sentindo no corpo seu calor
Suor escorre em mar
Neste gostoso ato de copular
Você gemendo
Eu tremendo
Ao sabor do picante desejo
Lambendo-lhe inteira
Louco delírio
Irresistível tesão
Acariciando seus seios
Te arranhando com a mão
Rangendo e gemendo
Balançando o colchão
Você linda, olhando-me
A bater em meu ombro
Acorda! Hora de trabalhar
Não acreditei
Estava a sonhar!
Ludiro
12/03/2006

Esperança à distância

Esperança à distância

Meu lugar está longe
Minha amada também está
Atrás deste infinito horizonte
Estou perdido a procurar
Olho, olho! Até meu olho cansar
Procurando à distância
No encontro céu e mar
Oh tristeza latente!
Minhas veias chegam a pulsar
De forma intensa e forte
Porque quero te encontrar
Sangue corre quente nas veias
Implorando pra te esquentar
No momento isso é impossível
Mas esta hora há de chegar!!
Ludiro
12/03/2006

Um dia do diário de um guerreiro


Um dia do diário de um guerreiro

Juntos se puseram a orar
Pedindo a Deus Pai
Proteção lhes mandar
Soldados, euforia, ansiedade
Guerra quente, sem água fria
Comandantes atentos, prontos
Para mais uma arrojada missão
Partiram os bravos valentes
Sem conseqüentes Perigos à espera
Unidos todos marchavam
Por trilhas e favelas
O olhar do inimigo à espera
Em nosso ligeiro caminhar
Mais um dia a se passar
Minha mente vazia
Tomando conta do que não via
Meu irmão também fazia
Esperando o árduo momento
De ter que atirar
Na calada, em surdina
Entre tantos barracos,
Muitas esquinas
Lixos, bueiros, lodo em piscina
Botas molhadas, roupas suadas
O odor do suor já saía
Infiltrando em nossas narinas
Misturado ao fedor de fezes e urina
Acumulado com o fétido
Podre dos bichos que jazia
Atentos! muito cuidado
Quando uma porta se abria
Com a arma apontada
Muita segurança se fazia
A difícil caminhada
No morro da agonia
Subia e descia,
No ombro muita dor
Crianças chorando,
Cães ladravam no meio do lixo
Barulho na sujeira das latas vazias
Não acabava o tempo infinito
Lutando, evitando o erro de um susto
Para prevenir um futuro luto
Íamos nós, sob sol abrasador
Cada um guardando a sua dor
O capacete como ovo fritava
A cabeça que ali estava,
Não mais pensava
Somente se preocupava
No serviço bem prestado
Em favor da paz!
No meio do inferno,
Onde o bandido é rei
Dedo-duro não tem vez
Os peões não têm lei,
Somos todos odiados,
Mas mal ninguém fez
Queremos paz,
Queremos o bem
O trabalho termina
Mas teremos que voltar
Quando um novo dia raiar
Tudo pela pura e íntegra paz!
Ludiro
14/03/2006

Imagem - Obs: Capa do livro "República Negra" do Jornalista Luís Kawaguti

segunda-feira, março 13, 2006

Sei lá!

Sei lá

luz do sol que aquece
Eternece em magia
Lutar o Luar, a luz fria
Alegria, alegoria
Nas costelacões
Da noite
Ao raiar do dia
No reflexo do mar
Com o ar em maresia
O pescador e o boia fria
Neste Brasil
No carnaval tem folia
Eu que ia
Agora fico
Na noite
Noite sombria
Ludiro
10/03/2006

domingo, março 12, 2006

Corpos

Corpos

Olhos que me chamam
Na miragem da sedução
Sorriso aberto, atraente
Lábios, carne doce
Do rápido febril beijo
Pele áspera ao arrepio
Do leve toque do desejo
Nas pontas dos dedos
Suaves a acariciar
Arrítimico pulsar
Dois corações a palpitar

Êxtase dos corpos
Livres na nudez
Numa ardente
paixão gemidos soltos
Arranhando
O silêncio da noite no meio da escuridão
Delírios degustados
Na mágica orgia
No amor,
Na alegria
Uma vida repleta
Completa
Sem cama vazia
^^Ludiro^^
11/03/2006
))§((

sexta-feira, março 10, 2006

Ingrata ingratidão

Ingrata ingratidão
Ao sabor do tempo
O mesmo que ao relento
Pobre e faminto
Lástimas
É o que sinto
Nesta embriaguez
Da solidão
Nas intempéries da ingratidão
Ao latente coitado
Dei um pedaço de pão
O "palhaço" reclamou
Me disse que não
Queria algo mais
"Manjer" sua palavra eficaz
Não funcionou além do mais
Queria "dollar" o rapaz
De comer jogou fora
Zangado, pegou a sacola
Com a palavra infeliz
"Gat ma mon" não é coisa que se diz
Virou as costas, bêbado
Foi embora!
^^Ludiro^^
10/03/2006
Vocabulário:
Manjer: palavra em francês que significa comer e em crelo é sinônimo de fome.
Gat ma mon: Uma palavra (palavrão) no dialeto Creole que significa "filho da puta".

Tristeza de Ayer

Tristeza de Ayer
Pobre inspiração!
Longe do meu coração
Jaz o sentimento
Ficou a ilusão
A olhar tanta injustiça
E, ao mesmo tempo
Pessoas com preguiça
Nada posso fazer
A fome rastejante
Vermes latentes
Sem ter o que comer
Pobre viúva, sofrida
Chora pelo caçula
Que acabaram de prender
Com seus peitos de fora
Corria a doce senhora
A busca de ajuda
O que eu posso fazer?
Coração partido
Ferido e vazio
Se pôs a ficar
Neste pobre e miserável matinar
Gente gritando
Povo protestando
Os tiros escapando
Muito malandro
Se pôs a correr
O que eu pude fazer?
Para o inocente
Depois de provar
Que não era vagabundo,
Que também não era bandido
Acalmar sua querida mãe
Liberá-lo novamente à mercê
Continuando com fome
Sem ter o que comer
O que meu pobre coração
Vai poder fazer!
^^Ludiro^^
10/03/2006

Tristeza

Tristeza

Os olhos procuram
Úmidos e vazios
Na distância do horizonte
A procura de um sinal
Olho ao céu
Límpido de sol radiante
Mas não é o bastante
Do que estou a procurar
Sentimento na pele
O bater do coração
Pombas esvoaçam
Em várias direções
Procuro, não acho...
O vento toca meu rosto
Em uma suave brisa
Não é o sol, céu azul,
Horizontes nem ventos
Nem as pombas
Nem mesmo esta sombra
Esta a me confortar
^^Ludiro^^
06/03/2006

Asas de imaginação

Asas da imaginação

O que posso fazer
Se não sou passarinho
Não tenho asas pra voar
Nem pra sair do ninho

Mas nunca estou presente
Estou além da imaginação
Das alas que Deus me deu
Vou voando na criação

Passarinho quebrou as asas
E caiu logo no chão
Fiz um curativo no danado
E o bichinho ficou bom

Depois de uma semana
Estávamos juntos compondo a estação
Ele no assoviar
Eu nos poemas a criar
Ludiro
01/03/2006

Poetisar

Petisar

Não adianta fugir
Pra que escapar
Ela te alcança
Igual à onda do mar
A vida gira em torno dela
Você pode até não notar
Ela vive em uma valsa
Que não para de tocar
Deixa a vida mais bela
De uma forma espetacular
Se você passar a sentir ela
Não vai mais parar de poetisar
Poetisa cá!
Poetisa Lá!
Um beija-flor
Com seu beijos a espalhar
Quem não quer ganhar um beijo desse
Um beijo doce pra variar
Depois que passar por isso
Vamos ter que poetisar
Poetisar!! Poetisar!!
Ludiro
28/02/2006

Efeitos da poesia

Efeito da poesia

O papel é o espelho da alma do poeta
A caneta sua essência e magia
Ambos juntos
A mágica poética

Transforma o feio em belo
Liberta o preso pensamento do leitor
Desaparece cara feira
Arranca sorrisos

Lapida a pedra bruta em diamante
Dá saúde ao enfermo
Tirar lágrimas de emoção
Espalha alegria pra toda nação
Ludiro
07/03/2006

quarta-feira, março 08, 2006

Mulher

Mulher
Beleza e Ternura
Verdadeira guerreira
Luta com amor
Não fica à beira
Luz do dia
Intensidade da vida
Mesmo com as feridas
Da história da acontecida
Não deixa de lutar
Vencedora seu aspecto
Bravura sua companheira
Em qualquer coisa
Não dá bobeira
Mulher trabalhadora
Música e sinfonia
Ela é harmonia
Com a noite e com o dia
Dá conta de tudo
Com muita alegria
E a nossa padroeira
Nossa Senhora Aparecida
^^Ludiro^^
08/03/2006
))§((
Esta singela homenagem a mulher também está ns site da SPP. ))§((
Confira clicando AQUI!!

Os Pássaros

Benvinda: Meu poema-destaque 06/03/2006 11:46
Hoje vai para um pássaro que estreou em alto estilo e muita sensibilidade hoje em nossa Comunidade - Pássaro Ludiro!
Pássaro Ludiro 3/6/2006 9:54 AM
Os Passaros
Bem-te-vi Alegremente anuncia
Sabiá canta e assovia
Enquanto o Beija-Flor
Espalha seus beijos de amor
Quero-quero também beijar
Curió curioso a esperar
A gaivota voa sem parar
As andorinhas vão voltar
A alegria também está no ar
A passarada na sinfonia
Sempre presente em harmonia
Com muito cantar
A águia! só de longe a observar!
Pois não quer se chegar
Pombinhas namorando
Muitas borboletas enfeitando
A mata do Rouxinol
Pardal não sabe cantar
Vive a vida a namorar
Condor num acorde maior
Competindo com trinca-ferro sem parar
Uirapuru querendo bem
Falou com curruira
Chama a coruja pra festa participar
Araponga, detetive secreto
Olhando no retiro
Quem está chegando
É o pássaro Ludiro!
Ludiro
06/03/2006
Poema destaque do dia(06/03/2006) na Sociedade dos Pássaros-Poétas (SPP) ))§((

Pele fria

Pele fria

Sol do meio dia
Esquente minha pele fria
Que nesta agonia
Me põe a sufocar
Fico na esperança
Um grito preso na garganta
Quero muito soltar
Momento carente
Pra mim o mundo falta gente
Pra quem que vou falar
O amor anestesia
Essa minha pela fria
Muita gente com barriga vazia
Quem pode se esconde em Brasília
Atrás de uma fantasia
E eu!
Com a pele fria
Não posso me esquentar
O que posso fazer?
Um diminuto protesto
E por ai espalhar!
Ludiro
08/03/2006

terça-feira, março 07, 2006

Amar o Mundo

Amar o Mundo

Vamos amar o mundo
Com os braços bem abertos
Amando bem profundo
Pra ninguém escapar

Não é difícil
O mundo é grande
Mas é fácil o bastante
Pra ele conquistar

Vamos passar a energia
Aquela positiva
Tirando a fome
Espalhando alegria

Vamos amar todos irmãos
Com os pés no chão
Mesmo sabendo
Que podemos voar

Vamos amar o mundo
Sem o preconceito imundo
Até mesmo o vagabundo
Que tentou nos roubar

A coisa é fácil
É só perdoar
De coração aberto
E continuar a amar
Ludiro
07/03/2006

O canto do Sabiá

O canto do Sabiá

Canta sabiá
Canta em bico aberto
Tudo isso em protesto
Com seu lindo cantar

Canta lindo sabiá
Mostre ao mundo o que há
Neste céu tão poluído
Que te põe a sufocar

Mas cante, nunca pare de cantar
De forma que os homens ouçam
E parem com as queimadas
E de poluir seu ar

Sabiá canta em tom alto
Canta em sol maior
Estoure sua gargantinha
Por que de ti ninguém tem dó

Sabiá descontente não pare de cantar
Cante sempre seu protesto
Com seu assovio de chorar
Por que um dia, o mundo vai escutar!
Ludiro
07/03/2006

Pássaro Bem-te-vi

Pássaro Bem-te-vi
Os ventos te levam ao longe
Com suas asas de bela plumagem
Quase ninguém tem coragem
Ao alto contigo voar
Ave de tão belo aspecto
De grande garbo
Com vôos altos e rápidos
Veio e pousou em meu jardim
Deixando com muita alegria
As minhas flores
Os meus amados jasmins
*Pássaro ^^Ludiro^^
07/03/2006
))§((

O Dom Máximo de Deus!!!

O Dom Máximo de Deus!!!
Estava andando em lugares desconhecidos, sabia onde queria ir, mas não sabia onde estava. Era noite e caminhava a fulga do que não me perseguia, eu e minha amada, parecia estranho, mas guiáva-me pelos sentidos que apareciam do nada. Ruas estreitas, chão batido, cercas e muros nas laterais e alguns corredores. Poucas luzes iluminavam o caminho.
Entrei num desses corredores, que o espaço não era mais que a largura dos ombros. Seguia, ia a passos ligeiros e acompanháva-me a doce dos meus dias segurando minha mão para não deixa-la para tráz. Caminháva-mos por um bom tempo virando algumas vezes para direita e outras para esquerda e subia escadas em algumas partes.
Ainda na penumbra infinita do calar da noite que não mostrava céu, avistei uma porta, simples, madeira e maçaneta redonda, estava ela encima de uma escada com poucos degrais. Mantendo a agilidade cheguei a ela e entrei sem bater, como se ele nos convidase em sua simples e singela educação.
Econtráva-me numa sala, tipo recepção de cinema antigo, poucas pessoas vagando em diversos sentidos.
Soltando minha mão, dirigiu-se a uma das recepções, e permaneci ali, parado observando em toda minha volta, chão de tacos sintecados que brilhavam como um espelho refletindo a luz de um lustre com lâmpadas fracas, como se fossem velas. A frente três degrais que davam a um salão nobre.
Passou por mim um homem, geito amável e humilde, pareceia um padre professor de universidade, vestes cinza com uma camisa branca, cabelos grisalhos e barba a fazer. Estava este acompanhado por não mais que quinze pessoas, quais mostrávam-se alunos. Quando um pouco mais à frente, uns déz metros, indagou aos que o acompanháva-o um comentário:
- Como os olhos desse rapaz brilham!
Em seguida, com entusiasmo e inesperadamente, de uma forma repentina e espontânea respondi:
- Sabes porque meus olhos brilham?
- Queres que eu diga qual o motivo por tal brilho?
O suposto padre se rejeitava a tal discurso, como se tivesse pressa ou algo do tipo, balançava a cabeça e respondia negativamente, mas os acompanhantes olhavam-me e batendo palmas e alguns falavam:
- Deixe-o falar!
- Vai pode falar!
- Queremos ouvir!
E assim se sucedeu, sedeu-se aos pedidos o amável senhor respondendo:
- Venha então, seja feita a vontade dos que querem ouvir-te!
Curtos e lentos passos dirigí-me ao centro deles, já no centro do salão nobre, eles em circulos tomaram postura de muita atenção e olhavam-me, e ali verifiquei que alguns eram personagens de minha humilde existência, porém mais ao fundo, próximo à recepção, la estava a me admirar no mais íntimo e puro do seu ser, a quem compratilha-me sua felicidade e amor.
Respirei e apresentando-me comecei a falar:
- Isso meus caros, é o amor, o simples dom de amar!
E um deles comentou entre eles:
- Então isso é uma reação química dos hormônios que quando estamos amando uma pessoa, manifesta-se!
Ouvindo tal comentário continuei, sorrindo e completando:
- Não! Mas uma reação manifestada da fidelidade do Pai para com o homem na presença do amor. Quando amamos estamos atingindo o desejo maior do nosso criador, e ele nos contempla enchendo-nos de graça e sua imensurável luz, por que nos ama tanto que se completa com nosso amor, que é o objetivo da sua criação, amar-mos uns aos outros assim como ele nos tem amado.
- Um homem está realizado quando ama e é amado, mas não amar somente a si e sua fiel companhia, mas amar também acima de tudo esse que se alegra com nosso amor e amar todos como a si mesmo. Fazendo isso deixamos aquela luz imensurável de Deus invadir o nosso corpo, templo do Espírito Santo de Deus, e essa luz é refletida em nossos olhos mostrando a divína conexão da criação com o criador, o Deus Pai vivo.
Assim, todos admirados ao Dom Máximo de Deus que ali foi revelado, sairam a seus destinos iluminando-os uns aos outros pela luz que surgia tambem de seus olhos na benção do pai.
Ludiro
10/01/2006

segunda-feira, março 06, 2006

O Poeta

O Poeta
Não só o papel e a caneta
Tão pouco a sedução das palavras
Nem mesmo o conhecimento
Muito menos o desejo
Não cabem ao tigre
E nem num cordeiro
Somente a caridade
A entrega
Faz a semente brotar
A semente humana
De coração sem igual
O amor
Somente
Faz do sonhador
Um poeta
Ludiro
06/03/2006

domingo, março 05, 2006

Menino de rua

Menino de Rua

Olhos arregalados
Roupas sujas e rasgadas
Com os pés descalços
Dorme nas calçadas
No coração uma esperança
De tudo melhorar
Não volta pra sua casa
Por que não quer mais apanhar
Mamãe já se foi
Papai não há
Pobre garoto
Que fazes na rua
Deverias ir estudar
Mas o menino não tem o que comer
Não tem onde morar
Pra conseguir alguma coisa
Tem que se virar
Limpar para-brisas
Fazer acrobacias
Mas ninguém quer ajudar
Ultrajado e discriminado
Muitas vezes tem que roubar
O que lhe aparece de graça
Vem pra lhe matar
Drogas e bandidos
Tudo para marginalizar
Na pele cicatrizes de maltrato
No coração uma dor
Na cabeça a luta
Por que quer ser vencedor
Vencedor de cada dia
Vencedor de cada dor
Dor insuportável do preconceito
Discriminação da falta de amor
Queria ser criança
Brincar de escorregador
Ter uma bicicleta, um carrinho
Ter muito carinho, ter muito amor
Por que o menino é uma criança
Ele é sonhador
Mas quando olha pra si
Vê o que restou
Gostaria de ser adotado
Ter casa, papai, mamãe, vovó e vovô
Poder ir pra escola e ter um professor
Aprender tudo de bom da vida
E no futuro ser um bom senhor
A calçada é seu leito
O jornal seu cobertor
Pra poder sobreviver
Se faz até de cantor
Sempre com um sorriso no rosto
Pra esconder as lágrimas, suor e a dor
Oh sorriso inocente de um patriota
Sorriso infanto juvenil
Jamais deverias estar nas ruas
Pois tu és filho do Brasil!!
Ludiro
11/02/2006

sábado, março 04, 2006

Tanto amor

Tanto amor

Levo a vida desse jeito
E levo sem pudor
Muito mais pobre seria
Se não te desse tanto amor

Lá no vale da alegria
Onde canta o sonhador
Perderia minha vida
Se não levasse o meu amor

Não posso querer mais nada
Nessa vida de escritor
Se não a tivesse do meu lado
Me trazendo seu calor

É assim que vivo alegremente
Onde voa um beija-flor
Não te beijaria assim tão contente
Se não tivesse teu grande amor
Ludiro
02/03/2006

sexta-feira, março 03, 2006

A Entrega

A entrega

Triste daquele homem que não tem.
A beleza dos dias e a ternura do anoitecer.
O calor íntegro dos laços em afeições.
A ternura dos sonhos, vida e emoção.
*
Lamento por aquele que tem e não sabe desfrutar.
Dos lindos dias em saber amar e entregar de alma e intenções.
A qual nos da todos os dias a calma e luz das situações.
Libera a intensa imagem da perfeição nos traços da afeição e no coração.
*
Coitado daquele que não trata como rosas delicadas em dia de sol a que te faz amar.
Recebe fortuna amorosa e devolve ríspidas e duras marteladas pobres e ingratas.
Leve seu grande abandono por que não soube cuidar e perdeu o encanto de todos matinares.
E em solidão brusca, grotesca em salivas amargas que terás que vivenciar.
*
São aquelas que cujo olhos brilham na sua presença da compartilhada troca caridosa que nada quer em troca.
Carícias em repleto delírios das noites vivenciadas em companhia da sedução conquistada a cada dia.
Plena satisfação de um ser que enche-se do deleite por aquela que te acompanha em sua proteção, e aquece-se em seu amor.
Esta triste e singela de todos os dias, deve ser regada com arrepios das palavras e com o calar de um olhar amante .
Na conquista de todos instantes, no afago dos beijos delirantes de um vida ligada em satisfações constantes.
E ela! A companheira escolhida e declarada, humilde de alma e disposta na entrega, nossa arquiteta do romance.
Respeite-a, entenda os momentos e conquiste-a em todos os instantes e não se arrependerás do retorno repentino e perpétuo.
E viva, viva intensamente a condenação do amor, não só no dia da mulher, mas todos os dias que dela é!!!
Ludiro
03/03/2006

Descrição

Descrição

Escrevo-me
Nas linhas inesperadas da vida
Na força do amor
Na dor de cada ferida
Descrevo-me
Da forma que se posse ser vista
Nas linhas retas que escrevo
No desespero de cada momento
Do camarote da existência
No torto que desconheço
Debruçado no mirante dos sonhos
Acordado na ilusão
Não parece ser magia
A mágica do coração
Ludiro
01/03/2006

quinta-feira, março 02, 2006

Beija-flor

Beija-flor
Queria ser pequenino
Pra voar nas costas de um beija-flor
Ver as flores bem de pertinho
Com seus beijos de amor

E das flores ao ladinho
O perfume exalado
Perfumando o pequenino
E eu também ficar perfumado

Montado no meu beija-flor
O cavalinho alado
Voando de flor em flor
Piruetando em todos os lados

Como é bonito
Sonhar em ser pequenininho
Pra poder voar nas costas
De um miúdo passarinho
Ludiro
01/03/2006

quarta-feira, março 01, 2006

Inexistência inesperada

Inexistência inesperada

Reflexos e reflexões
No espelho da vida
Reflete as emoções
Em cada passo
Sempre que caminhar
Olhando para vida
Que se coloca a passar
Tempos contados
Lembranças do passado
E não volta mais
Coisas lindas acontecidas
Não se esquece jamais
Vida linda pra ser vivida
Através de obstáculos
Descobrindo nossa essência
A essência de quem vive ao nosso lado
Ergue-se o grande sabor
Da valsa da união
Vivendo afinco a vida
Na grande solidão
Inexistência inesperada
De um sentimento sem razão
Nunca faltaste nessa vida
Sua presença esta no coração
Ludiro
28/02/2006

Encanto da Borboleta

Encanto da Borboleta

Hah! Se eu pudesse
Voar assim algum dia
Com essas asas grandes
Bonitas e sadias
Toda iluminada
Pelas cores das suas asas
Até colocaste ciúmes
Em toda passarada
Dançando pelos ares
Conquistando muitos amores
Nos caminhos de sua vida
Pousando em varias flores
Para somar com sua beleza
E fazer parte da grande natureza
Gira e gira bailando
Com alegria de seu ballet
Muito mais bonita ficastes
Quando pousastes
No corpo de uma linda mulher
Ludiro
28/02/2006