quarta-feira, abril 19, 2006

Mágoas

Mágoas

As palavras
Dilaceram
Os ouvidos
E todo o ser
Coração
Exprime-se
Comprime-se
Como se quisesse vomitar
Peito ofegante
O ar
Não era o bastante
Vontade louca de chorar
Sem música
Sem lua
Sem olhar
No âmago
Nas entranhas
Uma mudez
Louca para gritar
Desabar
Lágrimas
Forçam as pupilas
Nada de brotar
Uma sequer
Para lavar
Os olhos
O rosto
A alma
Renovar o espírito
Acalmar o coração
Apagar o desespero
Acordar do pesadelo
Da angústia
A esfolar-me,
Maltratando-me
Deixando-me martirizado
Com feridas abertas ao ar.
Ludiro
10/04/2006

Um comentário:

Benvinda Palma disse...

Lindo seu poema! Catártico! Emociona, comove, a mim me fez chorar! Parabéns, nobre poeta, por tamanha sensibilidade!

carinhosamente


Bem-te-vi