quinta-feira, outubro 26, 2006

Nos olhos dos Anjos

Nos olhos dos Anjos
Um anjo,
entre as nuvens do meu olhar,
os escárnios de teus lábios,
o sorriso atrevido,
o gozo da alma,
Uma luz...
pousaste logo ao meu lado e...
acompanhado de mais um anjo alado,
de plumas e vestes alvas,
deixaste-me apavorado
na visão--
torpe e angelical.
Assim ... apaixonado!
De onde vieste?
Das nuvens?
Das estrelas?
Ou de um universo brilhante e desconhecido?
Ah lindo Anjo!
Escultura grega do amor!
Anjo de Afrodite!
Acompanhado do pequeno anjo cupido,
pareado com seu arco bandido
e flechas flamejantes,
acertaste-me em chamas
num grito de quem clama
beijos constantes.
Minh'alma te implora
Anjo malvado!
rasgaste-me o peito,
arrancaste-me o conforto
e deixaste-me no sufoco,
desejando feito louco
o doce de seus beijos.
Olhos de profundo oceano!
Meu corpo profano,
quis mergulhar!
Desejos, delícias e loucuras
dos olhos sem censura a observar.
Anjo safado, anjo sereno.
Trago-te uma rosa vermelha, escarlate, púrpura,
sangue das minhas veias!
Abraça-me forte em teu peito!
Arrebata-me ao inferno
e beija-me, beija-me e beija-me,
envolve-me em tuas asas
aquece-me em tuas plumas
o teu fogo ardente
e , conseqüentemente – [mata-me]
de prazer, de amor!
Ludiro
09/10/2006

terça-feira, outubro 24, 2006

A Encruzilhada

A encruzilhada
.
Acredito em macumba!
É verdade e digo!
Certa vez, passando por uma encruzilhada,
Nem imaginem o que me aconteceu :
Estavam lá
Um delicioso pote de amendoim japonês,
E uma bela garrafa de whisque escocês...
Não pude evitar --
Peguei a oferenda sagrada,
Não sei a quem era destinada,
Também nem pedi permissão.
Ali começava a confusão.
Abri aquela garrafa
Que ao prazer me convidava,
o amendoim como tira-gosto ,
Bebia à cowboy mesmo,com voracidade,
Não ia querer gelo no despacho!
No começo tudo bem, só felicidade,
Mas depois da décima nona golada ,
A boca cheia de amendoim, travada...
Isso é obra de espírito macho!
coisa estranha acontecia... algo inexplicável--
simplesmente não conseguia falar nada certo,
Não distinguia nada por perto,
o mundo balançava, minha cabeça girava,
as coisas em minha visão se multiplicavam!
Assustado, larguei rapidamente ,
a garrafa e o pote no chão,
Obviamente, já vazios!
Fui embora tranqüilo, frio!
O pior foi no outro dia...
O danado do espírito engarrafado
Foi embora , pelos ralos, coitado,
Mas não me deixou em paz:
Com uma enxaqueca violenta,
acompanhada de uma sede voraz!
Ludiro
30/04/2006

Afrodisíaca

Afrodisíaca

Dizia cá,
Ao passar por lá,
Afro perfumada,
Flor ingrata,
Presente de Iemanjá,
Desejada por todos
Ao respirar...
Afro(disíaca)
Demente, danada,
Deixando aguçado
Todo olfato,
De fato,
Ao seu passar.
Ludiro
29/06/2006

Colorido da vida


Colorido da vida
.
Minha vida não é colorida,
Mas, também não é preto e branco,
Nem somente o cinza.
Tem as cores da primavera -
Tons leves,
Suave em harmonia;
O calor do verão,
O frescor do inverno!
Ludiro
28/06/2006

sábado, outubro 21, 2006

Pelo dia do Poeta - 20/10


Bom dia!
Hoje é dia do Poeta

e poetando vamos vivendo,
vivemos o sonho
Sonhando, fantasiamos as letras
Adocicamos as palavras
vivendo a poesia
Hoje é dia do poeta

E viva a poesia
A alma do poeta
A pura alegria
Vivemos fantasiando
Fantasiando a poesia!
Ludiro
20/10/2006


Poeta

Com alegria ou tristeza
Transforma tudo em beleza
Transcende o nosso sofrer
Pinta com belas palavras
Os quadros que adornam a vida
A música que embala os sonhos
A magia que faz reviver!

-- Benvinda Palma

arquivo x


poeta
é o agente das letras
com pés na Terra
e a cabeça em outro planeta

repleta
de et ceteras

-- valéria tarelho

O Poeta

A mágica do cérebro, “D’ alma e da ligação maior, Menor”.
Do mistério da mulher,
Dos desejos infinitos do homem,
Dos grandes mestres, a filosofar.
Pelas lagrimas da saudade, de amadas deusas,
Musas, e Apolos, sonhos, primordialmente superior a vontade.
Espírito de ouvinte, respeito e obediência a
Exaltação mais intima do ser.
Heróis, sonhos,
Sábios, poderes mágicos, flores, luzes, encanto,
Tudo conspirando e criando o
Poeta

-- Dora Dimolitsas

Consagrando-te
Ser poeta
é saber que não existe
encarnado
na terra
o seu ideal
mas poder
inventá-lo
alegre
ou triste
tão humano
que nem pareça
irreal
Ser poeta
é ter sempre
a pena em riste
molhada de riso
ou pranto
amor fatal
Que cria
teima
sonha
imagina
e insiste
que a musa
que o inspira
é sem igual
Sinto
que encontrei
um mundo
ausente
forjar
etéreo sonho
da ideal criação
Nascida
no crisol
da minha mente
divina luz
imagem
da minha ilusão
Em versos
cinzelei-te
e revelei-me
E reverente
o assunto
eu te consagro
em oração
By Maha®©

O poeta e a musa
-- Fatima Dannemann

O poeta canta sua musa
como se buscasse
um sonho
Para o poeta,
a musa
é um ideal
de ser humano
inalcansável.
O poeta considera
sua musa
um ser de sonho.
E se desperta
do clima onírico,
rompe-se a miragem,
dissolvem-se os versos,
acaba o encanto.



poeta é um fingidor
-- Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.


Ser poeta
-- Florbela Espanca

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
É não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!



Depois de tantas poesias dedicadas ao Dia Internacional do Poeta e da Poesia, restou-me pensar no licor que o Bacca esta nos preparando para o XV Congresso Brasileiro de Poesia, um licor cheio de magias poeticas, pois o poeta Bacca preparou num modo que só dá poesia!

Leia no link abaixo:
Colher Pitangas

Licor de Pitanga



quarta-feira, outubro 18, 2006

Mundo cão

Mundo cão

Dia de cão,
Noite de gatos,
Mulher nua...
Exposta na rua,
realidade crua,
Poderia ser a sua!
E vamos nós...
À margem, à mercê.
No vazio... vagando.
E os pobres coitados,
Sujos, rasgados,
Maltrapilhos, maltratados,
Miseráveis, desdentados,
Vivendo sei lá do quê.
Amando... odiando,
Se matando, sobrevivendo,
Calculando... desistindo
Do vazio do viver...
Crianças descalças,
Barriga vazia,
Sem ter o que vestir,
Sem brinquedos para distrair...
A fome!
Neste frio sangrento,
Neste cubículo nojento...
Em meio ao fedor de fezes, urina
Sem a água abençoada, cristalina..
Vermes devorando a barriga,
A mãe de barriga cheia...
aflita, vida maldita!
Sorrindo pra não chorar...
Eis a mentira do acreditar!
Pássaro Ludiro/Benvinda Palma

Geada

Geada

O vento bradando
Livre e solto
em seus cabelos.
O frio e o leve cheiro
das últimas folhas
dos belos platanus
que tocam o chão
com plena ternura,
em contraste
com a alva geada campestre.
Ludiro
13/09/2006

terça-feira, outubro 17, 2006

Construindo-me


Construindo-me

Pinte-me!
Faça meu ser em sua visão,
Esculpindo-me em seu suave tato--
dê vida ao meu coração.
Artista da minh'alma...
Vá tecendo cada sorriso
em minha face,
num disfarce
não oculto,
nem se oculta
num vulto.
Faça-me,
rabisque-me
e me torne sua obra de arte.
A Estrela Cadente,
Cauda do Cometa,
A face de Marte
Um repique
rebate e...
mate-me
eternizando-me
na tela de sua poesia.
Dos pincéis , sua magia...
em papéis, minha alma,
minha vida.
Ressuscita-me
para o mundo.
Sou argila
da sua obra vida.
Uma constituição:
pintura, foto, escultura e...
uma doce poesia!
Ludiro
17/10/2006

segunda-feira, outubro 16, 2006

Mutilado

Mutilado
.
Do meu corpo mutilado
Dou um pedaço a você.
Meu coração explode
No pulso,
Doce impulso,
Leve fantasia.
-- Leve-me!
O pedaço do meu corpo
Dilacerado que te dou,
É uma poesia!
Ludiro
16/10/2006

quarta-feira, outubro 11, 2006

Epitáfio


Epitáfio

Por amor à amada,
deixo as boas lembranças
e este amor, enfim, dividido.
Por amor à terra,
entrego-me ao seu bel-prazer.
Por amor ao céu,
agora posso voar,
deslizar sobre suas nuvens,
enfim,
estar entre as estrelas!
Ludiro
20/08/2006

terça-feira, outubro 10, 2006



Fotos do XIV Congresso Brasileiro de Poesia!
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